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“Porque é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do sistema capitalista?”
Questionamento atribuído a Slavoj Žižek, filósofo esloveno, serve como ponto de partida para o desenvolvimento da coleção entitulada ` KONTRAŬ METAVERSA KAPITALISMO ` que traduz do Esperanto “contra o capitalismo de metaverso”. A coleção comunica, em contracultura, os perigos do uso da tecnologia em prol do lucro, negligenciando o meio ambiente e a sociedade.
Em KONTRAŬ METAVERSA KAPITALISMO o futuro concebido é de uma Terra Natal que convive com a exploração desnaturada do meio ambiente e do trabalho, promovida por um modo de produção de estado mínimo, gerido por uma elite que concentra renda. Esta promoção do fim do mundo e humanidade evidenciam uma realidade caótica e insuportável para locomoção ao ar livre, adventa do aquecimento planetário, poluição do ar e endemias - causadas pela exploração lucrativa de recursos naturais; Além da inacessibilidade a bens de consumo básicos e sobrevivência de parcela majoritária da população - promovida pela concentração de renda, especulação financeira e precarização de relações de trabalho.
O metaverso, nesta realidade, se apresenta como ópio perfeito do fim do mundo, e consequentemente alimenta esse sistema apocalíptico com alienação. O universo digital possibilita criação de avatares pessoais, lazer e encontros virtuais hiper realistas, ao mesmo tempo que nutre megacorporações de venda de dados, colaborando para que as pessoas se aprisionam no mundo virtual, sejam manipuladas por ele, e não reajam aos problemas que impossibilitam a vida confortável pautada no real.
As peças da coleção, representam uma reação de contracultura no mundo real, de dissidentes, atentos à exploração promovida por esse sistema de capitalismo virtualizado e que fogem dessa realidade. Carregadas de símbolos abnormes, texturas caóticas e modelagens andróginas e subversivas, as peças transmitem uma imagem de moda anti-regular, promovendo identificação e união destes indivíduos que transitam na tarefa de dissolução da realidade político-social vigente.
As texturas da coleção, em tecido sintético de descarte, foram desenvolvidas com deformação de matéria prima por calor e amarras elásticas, aludindo a realidade de consumo e descarte, que promovem aprisionamento do indivíduo na busca por alternativas. Usa-se modelagem 3D para estudo de formas anti-tradicionais, impressão 3D para acabamentos, aviamentos e acessórios; e estampas, tanto desenvolvidas com inteligência artificial, quanto texturizadas digitalmente por computador - promovendo uma dialética materialista hiper-moderna numa imagem de moda de contracultura ao mesmo tempo que pauta sustentabilidade na transformação de tecidos que iriam pro lixo, pilotagem 3D que evita desperdício de matéria prima, além dos têxteis orgânicos e biodegradáveis.
A mensagem da coleção é enfatizar que a tecnologia deve ser socio-ambiental e não mercantil.
FICHA TÉCNICA
Direção criativa
Erico Valença
Produção
Adrian Carrari
Ernando Prado
Direção de Arte
Vitória Grassi
Styling
Ernando Prado
Beleza
Marina Diniz
Fotografia
Muraca
Assistência de pilotagem
Vinicius Almeida
Assistência de backstage
Gabriel Manukian
Guilherme Rodrigues
3D
Carli Arrom
Trilha sonora
Katherine S
Apoio
Rider
Santista Jeanswear
Agradecimentos
João Valença
Márcia Rocha
Geraldo Lima
Rafael Silvério
Lara Ferro
Olivia Merquior
equipe BRIFW
HUMOR TABULO//
moodboard
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